Líderes do setor de óleo e gás estão otimistas com a demanda futura de plataformas semissubmersíveis, mas, de acordo com a análise do IHS Markit, o crescimento deverá ser moderado, já que o mercado está longe de alcançar a utilização total dessas embarcações. Segundo o Floating Rig Report da agência e o banco de dados Petrodata RigPoint, apenas 48% dos flutuantes estão sob contrato atualmente.

"Mesmo com a expectativa de crescimento anual ser de 7% até 2022 e com as taxas diárias aumentando (em aproximadamente 25%, em comparação do terceiro trimestre deste ano com o mesmo período em 2017), ainda estamos longe de um boom", disse Erik Simonsen, diretor da área de consultoria de upstream da IHS Markit.

Segundo o consultor, existem dois pontos-chave para que o boom esperado não aconteça: o excesso de ofertas dessas plataformas no mercado e as taxas de utilização e diárias mais altas, nos flutuantes modernos. A procura pelos flutuantes mais modernos acontece por causa das tecnologias de eficiência, que estão presentes nesses navios.

A previsão de Simonsen é que a indústria continue com a taxa de utilização de sistemas flutuantes abaixo dos 70%, até 2022. Para que o mercado entre em equilíbrio, cerca de 25 plataformas terão que ser descartadas por ano, até 2020.

Flutuantes vão puxar o crescimento do mercado offshore

Ainda segundo o banco de dados da IHS, o mercado offshore vai se recuperar, mas de forma lenta. A demanda por jack-ups e flutuantes deverá ser de 15% até 2020, impulsionada pelos preços mais altos do barril e com os custos mais baixos de E&P.

Para as operadoras, o desafio será o de não gastar todo o fluxo de caixa livre em desenvolvimento de campo. "As petrolíferas não devem repetir seus erros do passado. O fluxo de caixa excedente deve ser usado para pagar dívidas e dividendos, ou para aquisições. Assim o mercado se recupera" afirma o consultor.

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