ARTICLE
17 December 2018

EAS obtém prioridade do FMM para construção de 2 porta-contêineres

O Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM) concedeu em sua 39ª reunião ordinária, na última quinta-feira (6), prioridade de R$ 522,8 milhões ao Estaleiro Atlântico Sul (PE) ...
Brazil Transport

O Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM) concedeu em sua 39ª reunião ordinária, na última quinta-feira (6), prioridade de R$ 522,8 milhões ao Estaleiro Atlântico Sul (PE) para construção de dois porta-contêineres com capacidade de 4.900 TEUs cada. O estaleiro pretende construir as embarcações para a Aliança Navegação, que apresentou carta de intenção visando adquirir os navios quando concluídos. A capacidade desses navios é superior a dos maiores porta-contêineres da companhia, que atualmente têm 4.200 TEUs (unidade que equivale a um contêiner de 20 pés).

Em setembro, o presidente do EAS, Harro Burman, informou que o estaleiro assinou dois memorandos de entendimento na tentativa de dar mais dois anos de sobrevida ao estaleiro. Além da Aliança, o EAS tem uma prioridade do FMM para construção de dois graneleiros, recebida em dezembro de 2017 e que foi baseada em uma carta de intenção da Norsul. A Portos e Navios procurou a Aliança e o EAS para dar mais detalhes sobre o projeto, mas não teve retorno até o fechamento desta matéria.

Recentemente, o CDFMM admitiu que o estaleiro pode construir e depois passar o financiamento para o armador. Nessa modalidade de crédito, o estaleiro com a prioridade constroi o navio e, na fase final, o armador faz a aquisição da embarcação e assume o financiamento. O Departamento de Marinha Mercante (DMM) tem tentado viabilizar os financiamentos para evitar que o FMM fique com recursos parados.

Desde os problemas enfrentados pela Log-In no Estaleiro Ilha S/a (Eisa-RJ), os armadores estão receosos em colocar encomendas em estaleiros nacionais. Os armadores já disseram em diversas oportunidades ter disposição para investir, mas relatam dificuldades em relação à obtenção de garantias para o financiamento. O FMM iniciou articulações com a Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF) para criação de alternativas para facilitar a obtenção de garantias.

Uma fonte, porém, disse que as negociações com a ABGF teriam esfriado devido ao momento de transição de governo. A ABGF é uma empresa pública, sob a forma de sociedade anônima, criada em 2013, e com a finalidade de administrar fundos garantidores e prestar garantias às operações de riscos diluídos em áreas de interesse econômico e social. Desde setembro de 2016, a ABGF está vinculada ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.

The content of this article is intended to provide a general guide to the subject matter. Specialist advice should be sought about your specific circumstances.

Mondaq uses cookies on this website. By using our website you agree to our use of cookies as set out in our Privacy Policy.

Learn More