Canadense Lundin compra mina por US$ 1 bi em Goiás

A Lundin Mining, mineradora canadense, começa a operar no Brasil. A companhia comprou toda a participação da também canadense Yamana Gold na Mineração Maracá,
Brazil Energy and Natural Resources

A Lundin Mining, mineradora canadense, começa a operar no Brasil. A companhia comprou toda a participação da também canadense Yamana Gold na Mineração Maracá, localizada em Goiás. O negócio deverá chegar a US$ 1 bilhão, sendo que US$ 800 milhões serão recursos do caixa da empresa e de uma linha de financiamento. 

Com a mina em Goiás, a Lundin irá aumentar em 25% a sua produção mundial de cobre. A companhia tem operações no Chile, Estados Unidos, Portugal e Suécia produzindo principalmente cobre, níquel e zinco. Além disso, a Lundin Mining detém participação indireta de 24% no negócio Freeport Cobalt Oy, que inclui uma refinaria de cobalto localizada em Kokkola, na Finlândia. 

A operação foi assessorada pelo escritório Veirano e segundo  Pedro Garcia, sócio da área de mineração do escritório, deve ser concluída em até três meses. "O negócio fez muito sentido para as duas empresas. A Yamana pretendia se capitalizar e a Lundin expandir a sua produção. Esse é um ativo muito valioso", disse Garcia. 

A Maracá é proprietária da mina de cobre e ouro Chapada, localizada na cidade de Alto Horizonte, em Goiás. A estimativa da Yamana para as reservas minerais de cobre da Chapada são de 664,6 toneladas com um teor médio de 0,25% de cobre e 0,16 grama por tonelada de ouro. 

Em seus comunicados, as empresas informam que a Yamana pode receber pagamentos adicionais de até US$ 125 milhões com base no preço do ouro ao longo de cinco anos e também US$ 100 milhões pela construção de nova unidade produção. O acordo também prevê que a Yamana manterá taxa de royalties de 2% na produção de ouro do projeto Suruca, no complexo da mina de cobre em Goiás. 

Para Marie Inkster, presidente mundial da Lundin, a aquisição da Chapada complementa o atual portfólio de minas de alta qualidade da empresa. "Destaca, ainda, nosso foco na alocação disciplinada de capital para criar valor de longo prazo para os acionistas. A Chapada é uma operação bem administrada e estabelecida com uma força de trabalho local experiente. Aproveitando nosso conhecimento técnico, foco em metais básicos e solidez financeira, acreditamos que existem mais oportunidades para criar valor significativo para as partes interessadas", disse por comunicado. 

No comunicado, a Lundin informou que já existe um projeto para ampliar a produção da unidade de processamento de minério. "Espera-se que esta otimização, envolvendo a expansão do circuito de flotação de varredura, aumente as recuperações de cobre e ouro em 1,5% a 2,0%, com o comissionamento previsto para o segundo trimestre de 2019", informou a Lundin. 

Segundo Garcia, do Veirano, a mina tem todas as licenças e relatórios de estabilidade das barragens concedidos. Após o desastre na Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, no dia 25 de janeiro, esse é o primeiro negócio fechado em mineração no Brasil. 

"A barragem é do método de alteamento linha de centro, diferente das minas da Vale em Brumadinho e Mariana. Todas as licenças ambientais estão em conformidade com os órgãos públicos. A ideia é que a produção seja expandida em até três anos", disse Garcia.

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