ARTICLE
21 December 2018

Exportações do campo aumentam 18% em novembro e atingem US$ 8,4 bi

Puxadas por soja, milho e produtos florestais, as exportações brasileiras do agronegócio voltaram a registrar alta expressiva em novembro.
Brazil International Law

Puxadas por soja, milho e produtos florestais, as exportações brasileiras do agronegócio voltaram a registrar alta expressiva em novembro. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic) compilados pelo Ministério da Agricultura, somaram US$ 8,4 bilhões, 18,3% a mais que no mesmo mês do ano passado.

Na mesma comparação, e impulsionadas pelo trigo, as importações aumentaram 2,2%, para US$ 1,2 bilhão. Com isso o superávit setorial ficou em US$ 7,2 bilhões, um incremento de 21,4%. O valor dos embarques do agronegócio representou, segundo o ministério, 40% do total exportado pelo país no mês passado, ante 42,4% em novembro de 2017.

Como já haviam apontado dados divulgados no início do mês pela Secex, o destaque do setor foi a manutenção do ritmo forte de exportações de soja, embora novembro seja um mês de entressafra no qual normalmente essas vendas são mais modestas.

Segundo o ministério, o grão e seus derivados lideraram a pauta e geraram US$ 2,5 bilhões em divisas, 97,5% mais que em novembro do ano passado. Em seguida vieram carnes (US$ 1,3 bilhão, queda de 2,5%), produtos florestais (US$ 1,2 bilhão, aumento de 18,6%), cereais, farinhas e preparações (US$ 761,4 milhões, alta de 29,5%) e açúcar e etanol (US$ 638,6 milhões, baixa de 26,4%).

Para o avanço das exportações do complexo soja, informou o ministério, pesou a disparada dos negócios com o grão. Esses embarques alcançaram 5,1 milhão de toneladas, 136,6% mais que no mesmo mês de 2017 e um recorde para meses de novembro. "Além disso, o preço médio do produto subiu 3,8%, para US$ 395 por tonelada", informa levantamento divulgado pela Pasta.

Esse resultado foi diretamente influenciado pela demanda da China, muito mais aquecida que o normal para o mês em virtude das disputas comerciais entre Pequim e Washington, que têm provocado a retração das compras chinesas do grão americano.

E graças a esse movimento, a China ampliou sua liderança como principal destino das exportações brasileiras do agronegócio. A fatia das compras do país asiático (US$ 2,9 bilhões) no total chegou a 34,5% no mês passado, ante 18% em novembro de 2017.

Essa grande participação chinesa também é sustentada pelas carnes, mas, no total, as exportações brasileiras recuaram nessa frente — 2,5% na comparação, para pouco menos de US$ 1,3 bilhão. A queda foi determinada por reduções nas áreas de carnes de frango e suína, apenas parcialmente compensados pela carne bovina.

Segundo o ministério, as exportações brasileiras de carne bovina atingiram US$ 617,8 milhões, 4,8% mais que em novembro de 2017. No caso da carne bovina in natura, houve um novo recorde para o mês (US$ 521,8 milhões).

Com os resultados de novembro, os embarques do agronegócio do país alcançaram US$ 93,2 bilhões nos primeiros 11 meses deste ano, 4,6% mais que em igual intervalo de 2017, também impulsionados pelo "mutualismo" entre Brasil e China na soja em grão.

No período, as exportações brasileiras do complexo soja (grão, farelo e óleo) atingiram US$ 38,7 bilhões, 26,8% acima do montante observado de janeiro a novembro do ano passado. Não por coincidências, a participação da China no total exportado pelo setor chegou a 35,6%, ante 28,2% no mesmo período de 2017.

O ministério destacou, finalmente, que no período de 12 meses encerrado em novembro as exportações setoriais alcançaram US$ 100,1 bilhões, marca histórica alavancada mais pelo incremento dos volumes vendido do que pelos preços. Mas ainda não foi um novo recorde: de dezembro de 2012 a novembro de 2013, os embarques somaram US$ 100,7 bilhões.

Fonte: Valor

The content of this article is intended to provide a general guide to the subject matter. Specialist advice should be sought about your specific circumstances.

Mondaq uses cookies on this website. By using our website you agree to our use of cookies as set out in our Privacy Policy.

Learn More