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9 January 2019

Maersk em busca de «escalar o lado terrestre da equação», revelou Soren Skou

O tema não é novidade mas voltou a ser enfatizado por Soren Skou, CEO do Grupo A.P. Moller-Maersk, em entrevista ao ‘Financial Times'
Brazil Transport

O tema não é novidade mas voltou a ser enfatizado por Soren Skou, CEO do Grupo A.P. Moller-Maersk, em entrevista ao 'Financial Times': a força dinamarquesa, que detém a líder de mercado no segmento do transporte marítimo de contentores, busca impulsionar as suas operações de logística em terra através de novas aquisições.

Dominadora no mar, a Maersk procura fortalecer a sua oferta terrestre, criando soluções end-to-end mais apelativas para os grandes carregadores. O CEO do grupo adiantou que durante os próximos anos o foco estará nas operações terrestres, especialmente na logística ligada aos camiões e à gestão de armazéns e cadeias de abastecimento.

Reinando no mar de olhos postos em terra: Maersk almeja domínio logístico end-to-end

«O futuro será muito sobre escalar o lado terrestre da equação. Com certeza, teremos que fazer algumas aquisições no sector da Logística, principalmente para ganhar capacidade e escala», disse Skou ao 'Financial Times'. «Cerca de 20% dos nossos clientes compram a nossa vertente terrestre. Mas 100% precisa de um camião para entrar e sair do porto», lembrou, explicando a razão da aposta.

Soren Skou

Soren Skou revelou que as futuras aquisições da Maersk não terão proporções multibilionárias. Serão, sim, negócios com um grau estratégico elevado e que satisfarão requisitos específicos da visão logística integrada da empresa. «A nossa intenção é a de fornecer aos clientes tudo o que necessitam para a sua cadeia global de abastecimento», disse o CEO do grupo nórdico ao reputado jornal.

Recorde-se que a Maersk pagou, recentemente, 4 mil milhões de dólares para adquirir a alemã Hamburg Süd, assim cimentando a sua posição de liderança no mercado e intensificando a sua conectividade europeia. Agora, o foco reside na integração de novas áreas de actuação, rumo a uma oferta totalmente abrangente, sob o jugo de uma só entidade empresarial.

«Gostaríamos de fazer esse negócio da gestão de cadeias de abastecimento em muitas outras indústrias. Se pudermos adquirir essa capacidade, fá-lo-emos», assegurou Skou.

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