Para assinalar o seu bicentenário (2021), e tal como o demonstra o Plano Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação para a Competitividade e o Desenvolvimento Humano (PNCTI 2006-2021), o Peru propôs-se investir no desenvolvimento tecnológico do país. Nasce, assim, o Plano Especial de Transferência Tecnológica, que visa dar cumprimento ao disposto pelo PNCTI, o qual tem 2 principais vectores: o sector privado e o sector académico.
Por parte do sector privado, existe uma maior
preocupação pela inovação, a mesma que
se materializou nas temáticas abordadas durante a
Conferência Anual de Executivos (CADE) e no aumento da
propensão para inovar. Além disso, do lado
académico (universidades e institutos de
investigação), evidencia-se um interesse activo
destes para participar nas convocatórias por parte do Estado
que financiam projectos de investigação e
desenvolvimento.
O plano nasce com o objectivo de promover o
desenvolvimento e a transferência de inovações
tecnológicas nas empresas elevando a competitividade e a
produtividade, o valor cumulado com critério de
sustentabilidade económica e ambiental; ou seja, o
Peru apresenta-se como um mercado para a inovação
aberta. A evolução dos sistemas de
inovação, desde a inovação para poder
chegar até uma inovação aberta, requer a
existência de um sistema de Propriedade Intelectual, capaz de
definir e desfazer as ambiguidades dos limites dos activos
intelectuais para realizar as transferências. Deste modo, a
Propriedade Intelectual assume um papel estratégico na
valorização do conhecimento, dotando a universidade e
as instituições de um qualificativo e amplo
portfólio de capital intelectual, o que constitui uma das
prioridades nas políticas do Plano Especial de
Transferência Tecnológica.
Procura-se, deste modo, que as universidades adoptem uma postura
mais agressiva e de visão "empresarial" na busca
de novas fontes de recursos para a investigação, e
que a referida investigação tenha lugar no mercado e
que seja de interesse comercial.
Desta forma, o Estado organizará encontros
tecnológicos, feiras tecnológicas, entre outros
eventos, para criar redes de contactos entre empresários e
investigadores com o objectivo de facilitar a
interacção e de promover projectos de
colaboração; assim, fortalece-se a
aptidão em temas de propriedade intelectual e
transferência tecnológica, abrem-se doutoramentos e
mestrados orientados para a formação e a
especialização nos temas indicados.
Por conseguinte, há vários factores que o Estado peruano avaliou com vista à implementação deste programa, o qual aposta numa sinergia de trabalho e colaboração entre empresas nacionais e estrangeiras com as universidades e institutos, afim de fomentar a investigação, a tecnologia e a inovação no Peru.
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