Apesar dos tímidos resultados obtidos neste ano, quando nem mesmo as expectativas de vendas de Natal impulsionaram as importações no País e as exportações também ficaram abaixo do esperado, as perspectivas do comércio exterior são positivas para 2019. A Maersk Line, líder mundial no transporte de contêineres, prevê um crescimento de aproximadamente 3,5% em 2018 e 5% em 2019.

As previsões vêm após um terceiro trimestre em que importações e exportações cresceram apenas 3%, após o 1% registrado no segundo trimestre, impactado pela greve dos caminhoneiros. De acordo com o diretor da Safmarine para a Costa Leste da América do Sul, Denis Freitas, esta paralisação foi um motivo que forçou para baixo os números de 2018.

As incertezas diante do cenário eleitoral também causaram um impacto negativo nas trocas comerciais do Brasil com outros países. Outro fator que também comprometeu as importações foi a alta do dólar, principalmente no início do semestre. A moeda americana bateu a marca dos R$ 4,15.

Segundo a Maersk, o volume no transporte de eletrônicos cresceu 22% em janeiro, 32% em fevereiro e 49% em março, antes da Copa do Mundo. No entanto, em agosto, as importações de eletrônicos caíram 15%, um sinal preocupante de que nem tudo estava indo bem para o varejo brasileiro antes do Natal. Tradicionalmente, este mês registra crescimento de dois dígitos na corrida para a temporada de festas de fim de ano, já que o varejo costuma fazer pedidos em julho.

Outro fator que aponta essa desaceleração é a redução de 15% nas importações de eletrônicos na região Norte do País. Isto mostra que houve uma queda na produção de eletroeletrônicos em Manaus, durante o terceiro trimestre.

De acordo com a Maersk, os embarques também foram afetados pela redução no espaço nos navios e diante da escassa disponibilida de de contêineres. A situação ficou ainda mais preocupante diante da grande safra de algodão.

No terceiro trimestre, as exportações de cargas secas subiram apenas 3% enquanto as de carga refrigerada tiveram uma modesta alta de 1%.

Neste mercado, as exportações para a Europa registraram queda de 15%. Por outro lado, os embarques para a Ásia aumentaram 11%, com a proibição da Rússia e da União Europeia tendo prejudicado a indústria brasileira de proteína, que continuou se adaptando e transferindo seus volumes de negócio para o Extremo Oriente.

Fonte: A Tribuna

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