Para diretor da EPE, José Mauro Coelho, é preciso adotar políticas públicas de estímulo ao consumo

Por Matheus Gagliano

O estímulo ao consumo de gás natural será essencial para definir a monetização do insumo produzido no pré-sal. No entanto, isso dependerá da adoção de políticas públicas, conforme explicou nesta sexta-feira (23/11), o diretor de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da EPE, José Mauro Coelho. Ele lembrou que até 2027, só o pré-sal deve produzir até 48 milhões de m³/dia de gás.

Coelho cita que o gás tem grande potencial de uso nos transportes público, na agricultura – por meio de tratores, por exemplo – e também no transporte marítimo. São áreas pouco exploradas pelo país e que, de acordo com ele, vale a pena estimular.

Entre políticas que poderiam ser adotadas estão o estabelecimento de metas de emissão de gases poluentes, incentivos a fabricação de veículos a gás, criação de critérios para que veículos equipados com combustíveis fósseis sejam impedidos de circular em determinadas áreas das grandes capitais, entre outras sugestões, apresentadas durante seminário sobre mobilidade a gás natural, promovido pela Abegás.

O diretor da EPE avaliou também que, dado o cenário atual de continuidade do uso dos combustíveis em grande escala, o país continuará ainda a importar diesel, com tendência de crescimento para os próximos anos, embora em outubro tenha ocorrido uma redução de 13,2% na importação de derivados do petróleo.

Sobre as ofertas crescentes, a diretora de Gás Natural do MME, Symone Araújo, comentou que é fundamental ao país manter as rodadas de licitações para manter a curva ascendente da oferta nacional de petróleo. "As rodadas fornecem fôlego para estender o horizonte de oferta e permite um planejamento a longo prazo", disse.

Fonte: Revista Brasil Energia

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