A Ocean Rig, recém-adquirida pela Transocean, ficará responsável pelo afretamento das duas sondas que irão operar com dedicação exclusiva no campo de Mero, a partir de 2019, perfurando poços de desenvolvimento no ativo. A empresa de perfuração apresentou os melhores preços na licitação do consórcio de Libra, ofertando os navios-sondas Ocean Mikonos e Ocean Corcovado, com taxas diárias ao redor de redor de US$ 270 mil a US$ 300 mil.

O consórcio de Libra (Petrobras/ Shell, Total, CNPC e CNOOC) e a Ocean Rig não revelam o valor exato das taxas diárias. As propostas comerciais da Ocean Rig desbancaram as ofertas da Seadril, Pacific Drilling, Ensco, e Maersk.

O resultado da licitação ainda não foi formalizado, mas fontes do consórcio já garantem a vitória da Ocean Rig. A previsão é de que a assinatura dos contratos ocorra em fevereiro.

Ao contrário do processo anterior e das expectativas iniciais dos participantes, desta vez o consórcio de Libra optou por não divulgar a classificação das empresas. As propostas comerciais foram abertas em novembro e as negociações envolveram apenas o primeiro colocado, sendo conduzidas em poucas semanas.

Tanto a Ocean Mikonos quanto a Ocean Corcovado operavam até maio com dedicação exclusiva ao projeto do BM-S-11, no cluster de Santos. As duas unidades estão paradas desde então em Las Palmas, em regime hot stack, e terão que ser submetidas a pequenas obras de adaptação para atender às exigências contratuais do consórcio de Libra, programadas para serem executadas em um estaleiro da região.

A contratação das duas unidades marca o primeiro negócio da Ocean Rig no Brasil após a operação de aquisição da empresa pela Transocean, em setembro, e a retomada das operações do grupo no Brasil, que desde maio não mantinha nenhuma unidade no Brasil. A fusão dos dois grupos empresariais será formalizada em dezembro, possivelmente no prazo de duas semanas.

A Ocean Mikonos irá operar com MPD, sendo que as duas unidades entrarão em operação em novembro de 2019. As sondas da Ocean Rig substituirão os contratos da Seadrill, que opera o navio-sonda West Tellus, afretado até outubro, e o West Carina, que deixou o ativo há poucos meses, depois de dois anos atuando exclusivamente no ativo.

A entrega de propostas ocorreu no início de outubro, sendo que a licitação das sondas para Mero foi lançada no início de maio. Os dois contratos não contemplam cláusula de reajuste de tarifa, caso o consórcio opte por estender o prazo de afretamento. A sonda 1, que tem exigência de MPD, tem prazo firme de 550 dias e opção de renovação por mais 815 dias. Já o contrato da segunda unidade é de 629 dias firmes e 680 dias opcionais.

Com a operação de Mero, a Ocean Rig passará a ter cinco contratos, sendo dois em Angola, um na Noruega e dois no Brasil.

Novas licitações

O resultado da licitação de Mero promete esquentar a disputa pelas outras concorrências da Petrobras para o afretamento de novas unidades. A aposta do mercado é de que as empresas que ficaram de fora de Mero revejam suas estratégias para o bid do BM-S-11 e sejam mais agressivas nas propostas.

A licitação do BM-S-11 é destinada ao afretamento de uma sonda de 2,4 mil m, com entrada em operação para 2019, e a entrega de propostas está marcada para o dia 13 de dezembro. Ao contrário de Mero, a concorrência do BM-S-11 prevê a possibilidade de reajuste da tarifa, caso a Petrobras tenha interesse em renovar o contrato.

Além desse bid, a Petrobras coordena outra licitação para o afretamento de uma unidade para operação no chamado pool, também requerida para o próximo ano e com capacidade para operar em lâmina d´água de 2 mil m. A entrega de propostas foi adiada para 7 de janeiro.

Fonte: Revista Brasil Energia

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